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Como proceder neste caso, com relação a esta situação no trabalho?
out
1
2014
Boa noite. Preciso do auxílio de vocês para verificar se uma situação pela qual estou passando é passível ou não de processo.
Sou funcionária de atendimento de conta corrente em um banco (telemarketing receptivo).
Em fevereiro completo 3 anos na empresa, sendo minha conduta a melhor possível (pouquíssimas faltas e todas perfeitamente justificadas, poucos atrasos e estes também justificados e compensados, elogios no SAC feito por clientes ao meu atendimento, notas excelentes de monitoria). Nunca levei advertência também. Ou seja, como falei, minha conduta sempre foi a melhor possível, sem contar o ótimo relacionamento com colegas de trabalho e demais funcionários como um todo.
Consegui uma oportunidade para trabalhar no horário da madrugada (de 23:00 às 05:00hs). Me candidatei e fui selecionada junto com outros 14 colegas. Fomos informados posteriormente que fomos escolhidos por nosso bom comportamento na empresa, responsabilidade, etc.
Fizemos o treinamento e em março começamos no novo horário.
Para mim foi quase um sonho realizado, pois sempre tive problemas pra dormir, sem contar o dinheiro extra que entraria (quase R$800,00 mais ou menos a mais) referente à adicional noturno e hora extra.
Logo no início notei que meu ponto no sistema estava errado e informei ao supervisor para que o mesmo corrigisse, para que eu não tivesse problemas para receber meu dinheiro do adicional noturno.
O mesmo disse que verificaria.
Quando saiu o contracheque, vi que meu adicional não havia sido lançado como os dos demais colegas foram.
Questionei com o supervisor e o mesmo disse ainda que verificaria.
Enviei emails perguntando a respeito e o mesmo não me respondia.
Apenas quando eu o questionava pessoalmente ele dizia que estava vendo. Meus próprios colegas de trabalho estranharam a demora, pois outros estavam com o mesmo problema e resolveram logo e não tiveram o prejuízo que eu tive (porém estes são de outra equipe, de outro supervisor).
O tempo passou e nada do dinheiro cair na conta, e nenhuma satisfação por parte do supervisor.
Um dia ele me chamou na mesa dele e me mostrou um email do RH informando que eles não pagam retroativo, portanto eu não receberia o valor.
Fiquei extremamente chateada e aborrecida com isso, pois a empresa tem como ver se estávamos ou não atendendo e trabalhando naquele dia…
Me permiti expor para o supervisor minha indignação com o fato. Confiei nele e me abri, expondo toda a minha chateação com o fato, falando que não era justo, que eles tem como saber que eu trabalhei, que alguém teria que me pagar, etc…
Ele não falou nada na hora, me ouviu e disse que tentaria resolver de outra forma.
O tempo foi passando e meus emails perguntando a respeito não foram respondidos.
3 meses foi o tempo que demorei a receber, e isso porque o superintendente do RH da empresa, em SP, me mandou email pessoalmente assumindo o erro deles e falando que me pagaria. Tudo se acertou.
Porém minha situação com meu supervisor nunca ais foi a mesma. Esta situação gerou um enorme desconforto entre nós. Passei a ficar “na minha” e a me reportar a ele somente por email (que ele raramente respondia…).
Descobri que estava grávida no final de Junho e enviei a ele um email comunicando e perguntando sobre as pausas.
No meu trabalho temos direito a 20 minutos de pausa de lanche e 10 minutos de pausa banheiro.
Estando grávida, essas necessidades mudam e eu já precisava de mais tempo para comer e me locomover ao banheiro.
Questionei ao supervisor sobre isso e não obtive resposta. Mandei uns 2 emails com espaço de dias entre eles e nada.
Perguntei sobre as pausas pois queria um posicionamento oficial dele a respeito para não me prejudicar depois, já que tudo que fazemos depende da autorização deles.
Questionei-o pessoalmente e ele disse que viu sim os emails, que eu tinha que pegar um atestado com meu obstetra informando da necessidade dessas pausas entregar a ele, para que ele entregasse para o tráfego que monta as escalas.
(Na empresa todas as gestantes ganham 10 minutos de pausa a cada 1 hora).
Informei a ele que eu demoraria ainda a ir ao obstetra, perguntei se não tinha outro jeito, e ele disse que não, que somente assim.
Quando fui ao obstetra peguei a declaração e entreguei pra ele.
O tempo passou e notei que minha escala não atualizava, ainda estava sem minhas pausas. Perguntava pra ele se tinha alguma notícia e mais uma vez os emails foram ignorados.
Depois de muito esperar, perguntei para duas colegas que tinham acabado de voltar de licença maternidade que me informaram que este procedimento estava errado. Era só pegar um papel com a médica do trabalho que fica no prédio. A mesma dá o papel na hora e entrega pro supervisor.
Ou seja, o mesmo me passou o procedimento errado, sendo que ele trabalha lá há anos, e já teve gestantes na equipe.
Quando subi e entreguei o papel e falei que o que ele me disse estava errado ele apenas sorriu e disse que não sabia.
Em suma, só fui ter direito a minhas pausas com 20 semanas de gravidez… Durante esse tempo todo ele não me posicionou sobre o que seria feito, não respondeu meus emails.
Como só temos 20 minutos para comer e meu lanche é cedo ficava o resto da noite sem comer nada, com fome, com dor de cabeça e me sentindo fraca. Isso estando grávida.
Ocorreu uma situação enquanto eu trabalhava de madrugada. Uma noite, minhas pernas estavam formigando e meus pés inchados e coloquei os pés para o alto para aliviar a sensação e até comentei com meus amigos que por conta das minhas varizes e da gravidez iria no angiologista ver o que ele me indicava. Lembrando que não tinha ainda minhas pausas às quais tenho direito na empresa sendo gestante.
Tempos depois o supervisor me chamou, falando que a gerente viu a imagem na câmera minha com os pés pro alto e disse que me tiraria do horário da madrugada por falta de postura.
Expliquei pro meu supervisor o motivo de ter posto os pés, que eu já estava com consulta marcada, etc. Mas ele disse que não podia fazer nada, que a gerente deu ordens de me tirar do horário, pq pra ela o que eu fiz (apoiar os pés na cadeira) era inadmissível e total falta de postura.
Repare que não tive chance de me defender, já chegaram me punindo desta forma, e estando grávida, já adaptada ao horário e contando com o dinheiro extra para várias coisas, com a chegada futura do bebê.
Fui no angiologista e o mesmo colocou no papel para evitar longos períodos sentada ou em pé (isso só reforça a necessidade das pausas às quais tinha direito).
Levei pra gerente o papel, tentando esclarecer o mal entendido, pedindo para que ela me desse a chance de permanecer, pois estando grávida precisaria muito do dinheiro, que foi um mal entendido, que minha conduta nesses 3 anos de empresa sempre foi muito boa, que ela podia puxar meu relatório, etc.
Mas ela foi irredutível, falando que não tinha desculpa, que eu deveria ter falado com meu supervisor (o que não me responde emails, que dificultou meu acesso às pausas…).
Expliquei para ela que ele não respondia emails, e que essa era uma queixa de TODA a equipe, sem contar outras queixas que todos tinham, mas ela disse que se eles tinham problema que falassem com ela.
Disse ainda que estou num momento onde preciso de um supervisor da hora que entro até a hora que eu saio.
Que ela não voltaria atrás na situação.
Chorei muito, pedi, mas não resolveu.
Para minha total surpresa, ela ainda disse: Não foi só o pé na cadeira que motivou sua troca e horário, seu supervisor disse que vc foi extremamente grosseira e mal educada com ele para resolver a questão do seu adicional.
Eu disse que era mentira, que eu jamais fui mal educada, apenas me abri com ele mostrando minha insatisfação, e que ele nunca tinha me informado que se sentiu ofendido com a conversa. Ele nunca me procurou pra conversar.
Ela disse que ele falou pra ela que conversou sim. Eu disse que era mentira. Ela disse que quando a isso resolveria com ele pessoalmente.
Saí da sala dela arrasada, pois minha última esperança era ela ver que eu não fiz por mal e voltar atrás.
Porém ele me caluniou. Inventou sobre mim algo que não é verdade. Falou mal de mim para a alta chefia pelas minhas costas e por isso fui prejudicada.
Soube depois que TODOS os supervisores souberam dessa história.
Quando me trocaram de horário, até alguns assistentes sabiam, fiquei extremamente constrangida.
Ainda por cima me deixaram na mesma equipe dele.
Soube também que esta gerente disse na reunião que me puniu desta forma para servir de exemplo aos outros da madrugada, para que fiquem na linha.
E o próprio supervisor falou mal de mim para os outros supervisores do prédio.
Esta situação me fez muito mal.
Por várias vezes chorava na minha mesa e precisava me refugiar no banheiro até a crise de choro e falta de ar passar.
Isso aconteceu várias vezes e meus colegas viram.
O que houve de madrugada e a conduta desse supervisor comigo tb foi presenciado por eles.
Fui em uma psiquiatra e a mesma me diagnosticou com depressão.
Toda essa situação que passei, me deixou totalmente mal.
Me sinto humilhada, tenho crise de choro toda vez que penso em ter que voltar lá e olhar pra ele, mal saio da cama, não tenho mais contato com amigos e familiares direito, não consigo me alimentar bem, passo a maior parte do dia deitada, chorando muito. Até pesadelos tenho sobre isso.
Enfim, desculpe a delonga, mas precisava expor a situação para que vocês possam me aconselhar da melhor forma possível.
Alguns pontos:
Meus colegas não servem de testemunhas, pois temem perder o emprego por falar ao meu favor.
O email da empresa é bloqueado para mandar pra fora e não temos acesso direto a impressora (só pedindo pro supervisor imprimir).
O email que mencionei da negativa de me pagar o supervisor se recusou a enviar pra mim.
Não podemos usar celular na operação. O mesmo tem que ficar trancado no armário, sendo assim não tenho como gravar nada. (os supervisores podem usar celular na mesa à vontade, comer na mesa… nós operadores não).
Tenha em mente que “punições” na empresa são feitas com advertência (por atraso, estouro de pausa, uso de celular na mesa), nunca com troca de horário.
Depois da informação de que seria trocada de horário, o supervisor foi chamando individualmente pessoas da equipe para reunião, onde perguntava o que achavam dele, o que achavam que precisava mudar, etc. Eu fui a única a não ser chamada. Entendo que se sou parte da equipe, deveria ter sido chamada e não claramente excluída.
Sei que vou ser mandada embora depois de minha estabilidade como gestante.
Tenho um amigo que é muito amigo de anos de um supervisor e ele me passou informações para me ajudar.
Desde já agradeço muito e gostaria de saber se esta situação é passível de processo e o que eu deveria fazer para começar, caso seja.
Abs cordiais.
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