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Sou funcionário público municipal, investido no cargo de oficial administrativo. No final de setembro, com um dia de antecedência, fui informado de que deveria me apresentar na secretaria de meio ambiente. Ao faze-lo, fui mandado para a portaria do parque ecológico, onde desenvolvo o monótono serviço de anotar as placas e horários dos veículos que entram e saem. Não satisfeito, solicitei férias e as gozei no mês de outubro. Voltei a trabalhar no dia 1 de novembro e já havia outro funcionário na portaria. Fiquei apenas cumprindo horário até o dia 18, quando a secretária me informou que eu deveria voltar à portaria e lá estou desde então. O problema maior não é nem o desvio de função, mas o fato da guarita não ter água potável, apesar de contar com caixa d’água, vazo sanitário e pia (sem torneira). O banheiro fica com um mau cheiro insuportável da urina acumulada no vazo e, para eliminá-la, uso de um balde de água que encho na lagoa em frente. Para tomar água ou fazer outras necessidades fisiológicas, tenho que fechar a corrente e subir no prédio onde funciona a secretaria de meio ambiente, que fica a uns 300 metros. Outro dia, estava com dor de barriga e passei pelo constrangimento de buscar dois baldes de água na lagoa barrenta. Lavar as mãos, apenas subindo na secretaria, então, limpo-as na roupa após pegar na corrente suja de ferrugem e terra. Andei pesquisando na internet d encontrei dois casos similares em que os trabalhadores acionaram a justiça e obtiveram ganho de causa com indenizações por danos morais. Um, inclusive, em que a empresa recorreu, porém, sem sucesso. E eu, devo entrar na justiça? Observo ainda que outros que por lá passaram relatam que não é nova esta falta d’água, perdurando por mais de ano.

em: Trabalhista Perguntado por: viegas33 [2 ]